Serei o fim
Do sonho
de estar
em vida?
Ou serei
Um sonho
de transformar-me
No sono
daquilo que
Se agiganta
E me amedronta
O temeroso amanhecer
Serei a soma
de todos os ocasos
dos dias
que vivi
desde que,
supostamente,
nasci,
por acaso?
Ledo engano,
meus senhores
Ainda não nasci
moro no ventre
de um ser
Sem nome.
Mãe
Mãe terra
Mãe lua
Antes de encarnar
ouvi um sussurro
dizendo
Maria
Maria
Maria
Nomes
Nomes
no ocaso
confundem-se
Nas nuances das cores
Do crepúsculo
Fortes são as lembranças
De uma dimensão
A outra
Para mim
A verdadeira
Onde morei
por longos anos.
Constato
Sou o ocaso.
Não nasci.
Um dia me descubro
Não sei em qual nuance.
Maria Izabel Viégas
2 comentários:
Perfeita. Maravilhoda. Beijo.
Boa Tarde, querida Izabel!
Gostei do seu novo blog e de ver suas poesias lidnas de novo... São bem reflexivas e vc consegue se experessar com dignidade sobre temas complexos e bem poeticamente...
Também sou o ocaso... ou me sinto assim...
Bjm muito fraterno
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