domingo, 14 de agosto de 2016

Amo-te , pai Alberto Vieira Núñez

                 ( Foto de 1917, fundadores da Escola Evolucionista,  meu pai , ao centro sentado)

Pai,
Alberto, velho Núñez,
gaúcho de Rio Grande,
sereno olhar, verde azul, mar e céu.
Na lembrança sua,
encontro o colo amigo,
que me protegia pequenina dos medos do mundo.
Pai, como você conseguiu me amar tanto?
Como ser tão terno,
nunca uma reprimenda,
uma grosseria,
uma crítica,
sempre Paz.

De que parte do céu você veio, meu doce amigo.
Você realmente me via ou via em mim um anjo?
Nosso carinho transcendia o etéreo.
Por que eu tive de conhecê-lo por tão pouco tempo nesta vida?
Sua voz, sua figura nobre, altiva estão aqui guardadas em mim.

Que pena, Alberto Núñez,
O perdi tão cedo.
Tão tarde você saiu da vida,
septuagenário -
Ficamos meu mano Mario Alberto e eu
Que tanto o respeitavam.
Que tivemos a doce sorte
De sermos tão parecidos com você
Fisicamente e em caráter.
Que nos orgulhávamos
Do tanto de saber que transmitiu,
Da sua alegria naquele jeitão sério.
E eu, caçula, sua única menina,
que o amava tanto
Tive pouco tempo ao seu lado.
Podia ter ficado mais.

Mesmo acreditando que você estava vivo, noutro lado,
Como é difícil conviver com essa ausência aqui neste plano.

Mas mesmo assim,
eu agradeço a Deus
por ser você quem me deu à vida
junto com Maria,
minha mãe.

Nenhuma palavra,
nenhuma valsa,
nenhuma poesia,
nenhum ensinamento
foram esquecidos.

Você foi a parte mais bela do meu bolo
Da minha festa da Vida.

Creio que sem a parte da herança sua
que ficaram como pétalas de rosas
a perfumar minha existência,
eu não teria forças para sobreviver,
para ser forte como sou.

Pai Alberto, Mãe Maria, amado irmão Mario Alberto...
vocês foram viajar tão cedo.
E por quê?
O que fiz de errado para aqui
Neste planeta viver tanto?
Será prêmio?
Será castigo?
Não o sei...
E hoje não importa...
Nos vemos em sonhos,
ouço suas vozes.
Sinto a carícia dos seus afagos.
Não há separações
dentro dos corações
que se amam.
estamos sempre juntos.

Mas, Pai...
Pai, eu queria tanto vê-lo!

Maria Izabel de Castro Nuñez
Hoje, por amor a outro doce amigo,
Maria Izabel Nuñez Viégas





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