terça-feira, 23 de agosto de 2016

Seguidora de mim



 Sou seguidora de mim.
Aliás, sempre foi assim.
Voltei ao mundo
Descendo 
Túnel escuro
Misterioso.
Místico.
Uma primeira fase uterina 
Um oceano profundo
De onde vim
Para onde vou
Nada sou
Escuridão
Aos poucos um novo corpo surgindo
Coração pulsando.
Mente ainda sem nome
E cada vez mais 
feto
E afeto
Feto
E medo
Ameaças
Enfim, a forma moldada
Outro túnel
Caminho à luz!
Nasci gente.
Respirei, 
pela primeira vez,
Sozinha.
Mesmo dentro de um ventre
Há solidão
Ou brinca-se de nada sou.
Contando espero
Quando será
Estranho paradoxo.
nasci sozinha
Pelas mãos de um ser.
E suguei o néctar de outro
E fui abraçada com afeto por outro.
Desconhecidos.
Olhando nos olhos
Sabia quem eram.
reconheci-os.
Amigos e desafetos
Medo e afeto
Afeto supera o medo.
Sou parte de um grupo.
Não estou só. 
Tempo que passa
Mudanças
Transformações
Tenho a companhia de muitos.
Sou todos e tudo.
Todos os seres do universo sou eu.
Vejo pelos olhos das águias,
Caminho ao lado da onça pintada,
Fico acordada, 
olhos abertos da coruja.
Uivo unida ao meu bando de lobos. 
Sou seixo das beiras do rio.
Ouço canto da Oxum.
E nas manhãs, 
Viro sol.
Canto com os sabiás. 
Viajo nas asas das andorinhas.
Acordo nas pétalas orvalhadas das flores.
Não. 
Eu me contradigo.
Nunca fui só.
Mesmo sendo seguidora de mim.

domingo, 21 de agosto de 2016

Lobos, meus conselheiros.


"Quem não sabe uivar não encontrará sua matilha."

Charles Simic.

Não sei viver sem a companhia de um lobo. 
Cada cão vivente aqui na terra dos homens
É seguido no plano invisível por um lobo.
E todo cão tem uma protetora espiritual.
Que observa as atitudes dos humanos.
Afirmo que todo aquele que maltrata um cão 
Não será nunca feliz. 
E a paz não coroará seus dias.
É a lei do lado de lá. 
Conta a lenda da Cabocla Jurema. 



Meus lobos na mata: um pastor manto negro.
E adotei essa outra lindeza num Abrigo.
Adote um cão.
Responsabilize-se por ele até ele envelhecer.
A minha Menina, doce e arteira,  descobri numa radiografia que tem o fêmur
Não recuperado.
Deve ter sido atropelada.
Exige cuidados.
E sempre terá.

 Luther, meu fiel lobo.


Já tivemos vários lobos.
Que já se foram
Este, soberbo, é o Jung__ calmo mas quem ousava perto dele chegar.
Lindo. Imponente.
Filhote de Shanna e Thor_ nossos outros pastores,
já estão no outro lado.
Eram companheiros. Tiveram três ninhadas.
Quem já deitou-se no chão ficando com o corpo coberto por onze filho tinhoso
Sabe como nos trazem energia benéfica de cura.
No dia em que ficou doente, linda cadela Shanna, quando a levávamos para fazer suas necessidades.
Além de segurà -la pois queria andar.
Todo cão de grande porte sofre se ficar deitado. Parece que perde o poder.
Íamos nós,  com cuidado.
Doce amor: Thor ia ao lado , amparando -a no caminhar.
E quando ela se foi, chamei-o para a despedida.
Choramos com a cena de puro carinho: ele tentava abrir os olhos da companheira, com a cabeça tentava levantá -lá.
Lambia seu rosto.
Quanto o homem precisa aprender com os animais!
Abençoados sejam tidos os que sabem falar e entender o que dizem.
São nossos lobos.
A força da magia que irradia.
E que nos fortalece.
Quem não corre com seus lobos
Quem não uiva com eles
Estará só.
Nunca encontrará sua matilha.

Dizem que depois que tive meus filhos, virei loba.
Não.
Não virei.
Deixei que a loba saísse para comigo caminhar.
Não sei quem comanda: ela ou eu.
Nunca andamos sozinhos.
Sinto passos a me acompanhar.


Maria Izabel Viégas





sábado, 20 de agosto de 2016

Toda a natureza num gambá



Sobre os pequenos atos
Que podem salvar 
Nossa fauna.


Como salvo o planeta?
Como salvarei as baleias?
Não sei.
Começo com um gambá.
É um começo...
E o  Bem começa com atitudes não teorias.

O caso que aconteceu após o Ocaso:


A vida na roça é assim.
Numa urbana roça .

Noite abençoada por surpresas.
Nunca vi uma família de gambás.
Mamis e sete filhotes.
Ficaram  bem na foto, não acham?
Tão lindinhos.
Certo é que a beleza
Está nos olhos de quem vê.
Quem não apreciou assim
Foram dois cães pastores.
Essa foto é a mãe se defendendo deles
Todo mundo grudadinho nas costas.
E a valente enfrentando o perigo com destemor.
Não fugiu da raia

Com certeza,
Considerando-nos inimigos.
Uma família esquisita
com três feiosos humanos
Ficaram a protegê -los.

Durante o tempo de apreciarmos
O quanto de tempo
Que temos para salvar a natureza.

Pequenos atos.
Atitudes humanizadas.
Salvam pequenos animais.

Delícia de vida essa
Acordar com um fortuito esquilinho
No muro  se equilibrando
num bougainville vermelho.
Alegria de crianças tal visão!
Certos prazeres de humanos sensíveis
Certos salvamentos da fauna.
Não se acanhem, seres da terra.
Na minha casa.
Na Miamata
Sempre serão protegidos.
A natureza toda vive
No cerne dos humanos tocados pelo carinho e amor.


Maria Izabel Viégas

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Ultimato a Adão e Eva, responsáveis pelo meu cansaço

Brincando sobre o cansaço que sinto hoje.
Alguém tem que levar a culpa.
Enfim, isto é catarse.


Deus não foi nada gentil conosco
Ao nos condenar
A lutar pelo pão de cada dia
Com suor .
Com exaustão.
Tudo que consigo
Exige de mim
Cobranças e exigências.
Culpa minha?
Não.
Foi Adão.
Que morreu expulso
Do paraíso
e nada tive com tal sina.
Mas o azar é meu.
Eu, que nem de Eva
Herdei a culpa do primevo pecado
Por comer maçã
Ou deitar-se em coito
Com seu doador de costelas.
Eu, pobre mortal,
Padeço por seus crimes.

Amigos leitores,
Aqui não compareço
Desacreditando no mito.
Pelo contrário
Acredito
Repúdio
Essa hereditariedade
Que me condena
A lutar,
Em batalhas diárias,
Pelo pão nosso de cada dia.
Hoje estou exausta.
Para conseguir
Vencer contratempos
Tive tanto trabalho
Que só mesmo
brigando
Com a história,
que parece uma praga
a todos os mortais,
Já me consola.
Adão não trabalha em escritório.
Eva nem tarefas domésticas fazia.
E eu, assumo suas culpas?
Se eu dia eu morrer,
E isto é certo.
E encontrar esses dois
Redimidos
Perdoados
Tocando harpas no paraíso.
Exigirei justiça.
Darei um ultimato:
Mande-os nascer
Em Brasília.
Condenados
Crime: mudaram o conceito de trabalho.
De prazer virou castigo
Por milênios.

Levados serão
À República de Curitiba
Que sejam presos e condenados
por Sergio Moro, o justo.
Na Operação Lava Jato.

Maria Izabel Viégas




quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Aprisionada em pedra


Sinto-me
Pedra bruta
da montanha
Moldada
pelos ventos
Sofrida
no rolar de águas
Torrenciais de chuva.
Aprisionada ao solo
Eu, nascida ave canora
Amando voar.
Por quê? 
Momento de dor.
Sou um pássaro
que, por fatídica
negra magia,
transformei - me
 Dura pedra
num breve
descuido ao pousar.

Ave,
ó ave teimosa
Esqueceu-se
dos conselhos
sábios dos antepassados
Esqueceu-se das artimanhas
das montanhas, aquelas,
Que, por solidão,
Capturam
Engolem
os tristes e distraídos.
que a elas se assemelham.

Contou -me,
numa serena noite,
um cálido vento,
o vital segredo
do transmutar,
condoído de meu
desespero 
Ao ouvir  em todos
Os anoiteceres
meu canto triste.
 Só existe encanto
Para reverter
a sua má sina,
Sair dessa clausura
na pedra fria e indiferente:

Mudar o tônus
Desse seu
Desolado sofrer.

Só se libertará
Quando conseguir
Acordar dessa
dormência 
fruto da tristeza
e da desesperança.

Só um caminho,
a opção sagrada:
Acordar
mais cedo
que a primeira
gota de orvalho

E olhar,
não mais
 para baixo
Focado
dentro de si.
E, sim, 
Volver-se ao alto.
Voltar o olhar 
aos céus
ao raiar do dia.
No exato esplendor do
Amanhecer.

Só os raios de sol
Libertam
Os sofridos pássaros
Que se quedaram
Entristecidos
Embruteceram-se
Coração de granito.

Só a alegria o fará
Voltar o ser ave liberta.
 Voar! 

Ninguém está preso por todo o sempre
Só depende de si para se libertar.

Maria Izabel Viégas
 

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Quero uma árvore cor de rosa



Em tempos de crise.
Todos nós deveríamos ter
Uma árvore cor de rosa
Onde, à sua sombra,
Harmoniosa e doce
Deixássemos
Todo o receio da vida
Todas as preocupações
E só ouvissemos os
Sábios conselhos do coração.
Nesse corre - corre diário
Não ouvimos o seu pulsar.
Não mais acompanhamos
O bater do sagrado tambor
Que nos religa
De volta ao útero materno
Pelo cordão umbilical.
Conversávamos
Com nossa mãe
Num ritmo/vida.
 

Como era doce
Viver naquela concha
Trocando ideias.

Compreendíamos
A língua dos anjos. 

Ao nascer,
Que pena.
Esquecemos.
 

Decidi.
Hei de achar minha árvore.
Hei de priorizar
A voz do meu coração.
A mente prega peças
E inventa histórias
Descabidas.
Precisa ficar dormindo.
 

Ando cansada de tanto pensar.

Maria Izabel Viégas

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Desnudar-se em palavras comuns e incomuns




Na vida cada ser procura se expressar para que alguém o ouça.

Pronuncio as palavras "comuns".
Preciso que me compreendam.
Explico-me.
Falo sobre as razões.

Aqui, não, eu me solto...
Liberta de todo senso,
Livre para ser e dizer
O que se passa em minh'alma.
É a minha palavra incomum.
Nada a censura...
Nada a segura...
Nenhuma voz a silencia...
Não se explica...
Nem se define...
Não espera...
É só o murmúrio,
a voz silenciosa
vindo in-retorno a mim.

Simplesmente incomum
ou mesmo comum,
que importa?

Vezes as palavras incomuns
soam como o silêncio.

Pessoas precisam das comuns
Dos fins sem nem entender os começos.

Nada a fazer.
Apenas ser.
E ser mais
Do que se é.

Maria Izabel Viégas

domingo, 14 de agosto de 2016

Amo-te , pai Alberto Vieira Núñez

                 ( Foto de 1917, fundadores da Escola Evolucionista,  meu pai , ao centro sentado)

Pai,
Alberto, velho Núñez,
gaúcho de Rio Grande,
sereno olhar, verde azul, mar e céu.
Na lembrança sua,
encontro o colo amigo,
que me protegia pequenina dos medos do mundo.
Pai, como você conseguiu me amar tanto?
Como ser tão terno,
nunca uma reprimenda,
uma grosseria,
uma crítica,
sempre Paz.

De que parte do céu você veio, meu doce amigo.
Você realmente me via ou via em mim um anjo?
Nosso carinho transcendia o etéreo.
Por que eu tive de conhecê-lo por tão pouco tempo nesta vida?
Sua voz, sua figura nobre, altiva estão aqui guardadas em mim.

Que pena, Alberto Núñez,
O perdi tão cedo.
Tão tarde você saiu da vida,
septuagenário -
Ficamos meu mano Mario Alberto e eu
Que tanto o respeitavam.
Que tivemos a doce sorte
De sermos tão parecidos com você
Fisicamente e em caráter.
Que nos orgulhávamos
Do tanto de saber que transmitiu,
Da sua alegria naquele jeitão sério.
E eu, caçula, sua única menina,
que o amava tanto
Tive pouco tempo ao seu lado.
Podia ter ficado mais.

Mesmo acreditando que você estava vivo, noutro lado,
Como é difícil conviver com essa ausência aqui neste plano.

Mas mesmo assim,
eu agradeço a Deus
por ser você quem me deu à vida
junto com Maria,
minha mãe.

Nenhuma palavra,
nenhuma valsa,
nenhuma poesia,
nenhum ensinamento
foram esquecidos.

Você foi a parte mais bela do meu bolo
Da minha festa da Vida.

Creio que sem a parte da herança sua
que ficaram como pétalas de rosas
a perfumar minha existência,
eu não teria forças para sobreviver,
para ser forte como sou.

Pai Alberto, Mãe Maria, amado irmão Mario Alberto...
vocês foram viajar tão cedo.
E por quê?
O que fiz de errado para aqui
Neste planeta viver tanto?
Será prêmio?
Será castigo?
Não o sei...
E hoje não importa...
Nos vemos em sonhos,
ouço suas vozes.
Sinto a carícia dos seus afagos.
Não há separações
dentro dos corações
que se amam.
estamos sempre juntos.

Mas, Pai...
Pai, eu queria tanto vê-lo!

Maria Izabel de Castro Nuñez
Hoje, por amor a outro doce amigo,
Maria Izabel Nuñez Viégas





sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Sou aversa ao vento




Disse e repito
Sou aversa ao vento.
Vento é ar.
Ar é pensamento.
E pensar
já é tormento
num mundo
onde quem pensa
é raridade

Perde-se amigos
pois , só e simplesmente,
se além de pensar,
ousar emitir opiniões.
Opiniões ofendem.

Para que nos ensinaram a falar?
Se era para ficar calada
E não usar palavras
nem textos lógicos,
com nexo,
inteligíveis
e dentro do contexto,
ficava-se só a brincar.

Nem rezar precisava
pois palavras faltariam.

E, num dia,
deitar na relva
e, ruminante,
pastar.

O mundo
adora gado de corte.
Que, coitado,
vai para a morte
sem direito de contestar.

Vento levante
Que tudo leva
peço um milagre
transforma-me em folha.
Voo para bem longe
para a montanha

Não quero o mar.
Mar é elemento água.
Água é sentimento.
Sentir dá tanto sofrer.
Ai, canseira!

Na montanha ninguém me perturba.
Viro adubo.
Volto ao fundo da terra
E viro planeta.
Esquisita.
Ser gente dá muito trabalho!

Adeus.

Maria Izabel Viégas

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Édi Ribeiro, o poeta que ama o Ocaso.


"Enquanto houver o céu e o sol,  haverá nós." 
Édi Ribeiro


O sol, nossa fonte de vida, nosso alimento..
O céu, nosso fonte de sonho.
E quem vive sem o alimento e o sonho?

O poeta se define como aquele que vive os extremos.
Aqui o êxtase do amigo poeta, escritor  e professor Édi Ribeiro ante o por do sol.

E o que há de mais belo entre o amanhecer e o por do sol?.
Penso que a sublime arte do trabalho que quando é prazer , nos enriquece e enobrece.

E entre o por do sol e o amanhecer?
O sono
O sonho

O despertar dos homens
que, sabiamente, ao vivenciar
todos os inícios e os fins
apaixonam-se pelo mundo.

Estes, exatamente nos meios onde poetizam:
se redescobrem,
se desnudam,
Co - existem no foco de seu olhar:
São todos os "eus"
São todos os "nós".

Meu carinho .
Minha admiração.
Esperando seu novo livro.

Maria Izabel Viégas

Imagem: do amigo Édi Ribeiro

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Procuram-se jardins esquecidos



Observando ruas
Da minha cidade
E, até mesmo,
Lá dos arredores da MiaMata
Vi que o mundo anda empobrecido
Não só de dinheiro
Mas de jardins!
De flores.
Não só de arbustos "da moda"
Desses de folhas coloridas nem pinheiros
E nem um cheio de bolotas podadinhas.
Jardins! Jardins! Jardins!
Precisamos de ser ricos de jardins floridos.

Faz-se urgente ter um jardim.
Estes vicejam aqui no mundo virtual.
Todas as vezes que os ânimos se exaltam
Fazem postagens sobre flores
Todos aderem a belíssima ideia.

Mais flores
Menos guerra.
Combinado.
Volta a paz.

E vicejam
Cada um mais belo
Nunca senti o perfume
Nem canto de passarinho.
Nem borboletas a voar.
Só frieza da beleza
Virtual.

Aqui, do outro lado da tela,
Vida real,
Caminhando
Decepção,
Conto - os nos dedos.
Neles, nem lilases nem violetas.
Só arbustos.

Flores?
Sujam muito o chão!
E uma plantação cinzenta
De ar condicionado
E ventiladores.
E reclamações do calor.

Plantei um pé de maracujá.
Cresceu lindo.
Espalhou.
Elevou - se.
Esparramou.
Encantou.
Encheu - se de flor.
Mas, que tristeza.
Por falta de borboletas
Assassinadas por agrotóxicos.
Não nasciam os frutos.

Sabem quem borboleteou,
Polinizando uma a uma?
Nós, uns seres humanos esquisitos
Que, teimosos, insistimos
em recordar que essa terra plana

Esse solo plano
Na verdade é redondo
E ainda um planeta
Repleto de mentes quadradas..

O nosso planeta Terra
Que precisa de flor, jardim, canteiros.
E de seres humanos
que, pelo menos,
no meio
de um dia inteiro,
seja "adorador de borboletas".
Tenha paciência com elas.
Se não for...
Equilíbrio não tem.
E, quem sabe,
Nem borboleta,
nem flor.
nem ser humano,
nem planeta.

Maria Izabel Viégas

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Estímulo para Viver / Participando do Aniversário do Blog Espiritual+Idade

Participando da comemoração
Do Aniversário de 7 anos de Blog Espiritual + Idade
 Da amiga Rosélia Bezerra.
Parabéns, doce amiga, pelo seu amor por esta blogosfera!




O que me move a vivenciar
Essa aventura heróica
Denominada Vida?
Seria o instinto de sobrevivência?
Não, talvez o tenha sido
nos primórdios do meu ser.
Esse instinto existe
E nos faz cautelosos
com nosso corpo
por sabê-lo frágil.
Entretanto, no patamar de ser humano
Que já galguei
Há mais que instinto.
Há mais que a própria razão
Vai além da minha filosofia maior
Atingida após duras ou suaves caminhadas.
Aprendi muito
Certa que existem mistérios
Além da minha pequena percepção sensorial.
Penso que meu estímulo a seguir
por esta estrada
escrevendo a minha história
Deixando um legado
Uma lembrança
Aos meus descendentes
À minha clã formada,
Filhos e os frutos
Da sementeira:
Nossos netos
Amigos fraternos
Sociedade na qual estou inserida,
É uma crença
de que somos parte
Desse Universo Perfeito.
Que somos feitos seres únicos
Ninguém é como nós.
E, apesar dessa singularidade,
Somos todos feitos da mesma matéria
Todos  feitos do pó das estrelas
Todos somos na diversidade
Iguais na essência divina
que habita em nós!

Olhando o céu, o sol e as estrelas.
Observando a perfeita dança dos planetas
de nosso pequeno sistema solar
que sabem cada qual
o caminho a seguir.
Respeitando-se
Sem atropelo
Sem desviar-se de suas rotas.
Mesmo não sendo estrelas
Mesmo sem ter luz própria
Se agigantam em puro esplendor.

Amigos meus,
o que me move,
o meu estímulo
É a Fé
de que esse universo perfeito
teve um Criador
Deus.
E que Ele nos fez
para cumprir cada um
Nosso destino
Aptos a tomar
nossas próprias decisões.
Somos nós
Criadores
Coparticipes
Da nossa missão divina:
Ser gente que faz a diferença neste mundo!

Maria Izabel Viégas





domingo, 7 de agosto de 2016

Hoje é Domingo.


OCaso 2: O Amanhecer nodomingo

Há beleza no dia.
Não só nas rosas
Em todas as flores do caminho.
Só precisam,
o sol e as flores,
Que os percebam.
Que os sintam
Através dos olhos
Especialmente,
os olhos do coração.
O sol cura nossas mazelas.
As rosas e todas as flores
Do mundo
Abrem-se,
num instinto de
Preservação.
Essa é a lição:
Sobreviver
Perpetuar-se no ser
Sorriso lindo de se ver.
Renascer.
Afinal,
Estamos na luta
Hoje é domingo.
E eu acordei.
E isso é muito bom.

Maria Izabel Viégas

Caso: Anoiteço no por do sol

OCaso 1: madrugada de domingo



Anoiteço no por do sol
Adormeço.
Acalento
Meus sonhos
No sono que revigora
Descanso do mundo dito verdadeiro.
Voltamos ao mundo real
O outro __ Invisível!

Lá reencontro meu ser mais profundo
Meus medos se expandem
Em pesadelos salutares
Expurgos
Que nada de mal fazem.
Limpam nossa mente
Do desnecessário do cotidiano.
Abraço meus entes que se foram.
Recebo conselhos dos Amigos Espirituais.
Minha alma liberta
Se expande
Viaja em todas as dimensões.
Amigo, não tema sonhos ruins.
Se lembrar deles - sem temor, tente decifrá -los.
Um aviso ou limpeza?
Se esqueceu - deixe-os.
Tudo tem sua razão de existir.

Maria Izabel Viégas


sábado, 6 de agosto de 2016

Olvidando o esquecimento



Esqueço da fome
Esqueço da morte em emergências de hospitais
Esqueço dos políticos maus do meu país
Esqueço do desemprego
Esqueço o rombo dos corruptos
Esqueço dos bilhões roubados
Esqueço da injustiça social.
Esqueço  do ser político que em mim habita
Esqueço que meu coração chora e geme...
Hoje, só por agora
Num momento
Esqueço de tudo que de mal existe
Recordo-me que
Por acaso, em breve instante
Magia e luz
A mão do homem
Me preencheu o vazio
Com a beleza
Com a luz
Com a a canção na voz do povo
Que sou eu.
"Hoje eu quero é ser feliz..."

Acabou
Breve instante
Volto à incerteza dos caminhos da cura deste país.
Olvido o esquecimento frívolo que se apossou de mim.
Olvido o esquecimento.
Louvei-o por breve instante.
Acordo.
Brasil.

Maria Izabel Viégas
.




sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Sou por acaso o ocaso


Se sou ocaso
Serei o fim
Do sonho
de estar 
em vida?
Ou serei
Um sonho
de transformar-me
No sono
daquilo que
Se agiganta
E me amedronta
O temeroso amanhecer
Serei a soma
de todos os ocasos
dos dias
que vivi
desde que,
supostamente,
nasci,
por acaso?
Ledo engano,
meus senhores
Ainda não nasci
moro no ventre
de um ser
Sem nome.
Mãe
Mãe terra
Mãe lua
Antes de encarnar
ouvi um sussurro
dizendo
Maria
Maria
Maria
Nomes
Nomes
no ocaso
confundem-se
Nas nuances das cores
Do crepúsculo
Fortes são as lembranças
De uma dimensão
A outra
Para mim
A verdadeira
Onde morei
por longos anos.

Constato
Sou o ocaso.

Não nasci.
Um dia me descubro
Não sei em qual nuance.

Maria Izabel Viégas 

O Renasço Ocaso começou aqui: Quer ler? Vou gostar!

Sou por acaso o ocaso

Se sou ocaso Serei o fim Do sonho de estar  em vida? Ou serei Um sonho de transformar-me No sono daquilo que Se agiganta E me...