sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Podemos julgar os homens como bons ou maus?






Eis aqui minhas reflexões sobre o perigoso ato de julgar pessoas

Ele é um homem mau. 
Ela uma mulher caridosa. 
Julgando-os estou.
E eu, sou quem, sou o quê? 
Sou aquela que não sabe , na verdade...  sou isto ou aquilo. 
Regozijo-me de ora ser mais isso, ora ser mais aquilo, por que não?  
Sou alguém que ainda, após tantos tropeços e acertos, ainda sou momentos. 
Em meu favor, posso afirmar que não vim fadada aos fracassos, nem a sofrer mais que o tempo necessário o luto das desilusões. 
Sou mais coragem do que medo. 
Sou mais amor que paixão desvairada. 
Mais verdade que mentiras. 
Confesso, em verdade: sei mentir e muito bem. 
Aprende-se a mentir quando se vai crescendo.
Somos intimidados pelos nãos 
e ao desviarmos das negativas aos nossos mais simples desejos bem, bem inocentes e pueris, 
sem explicações que nos preencham com verdades verdadeiras, 
vamos aprendendo a arte de dizer o que querem ouvir. 
Com certeza, quem me ensinou 
a dissimular sentimentos foram eles,  os mais velhos. 
Eram maus?
Penso que não.
Aprenderam, inofensivos assim como eu, 
pois todos fomos crianças um dia, 
com seus pais, e estes com seus pais 
e assim, formou-se a 
"espiral dos medos das palavras verdadeiras". 
O medo de falar a verdade e não ser aceito pela sociedade.

Felizmente, paralelamente, 
nesse processo de crescimento e amadurecimento
Descobrimos a força do abraço, 
do aconchego, 
do beijo carinhoso, 
E, felizmente, a caridade se avizinha de nós:
Aprendemos a dividirmos o pão 
que iria nos matar a fome
Descobrindo que éramos, enfim, bons. 
 
E não será o homem mau, 
numa certa hora do seu dia, 
feito de pura poesia?
Não terá ele um gesto de amizade, 
um momento de perdão?  
Temos a mesma herança genética de todos os homens da Terra. 
Todos: homens , animais, árvores, rios e plantas 
temos o mesmo dna 
desde o primeiro espécime 
que aqui adentrou 
e se espalhou no nosso planeta. 
Ouvi de um cientista cético  
que era a Genética que nos tornava 
a todos os seres deste mundo - irmãos por todo o sempre. 
Não por sermos filhos do mesmo Pai - o Deus religioso.  
Somos feitos de momentos 
inteligentes, estúpidos, 
enérgicos ou apáticos, 
bons ou maus. 
Somos sim, "assim como os rios, feitos dos mesmos elementos, 
ora estreitos, ora rápidos, ora largos, ora plácidos, claros ou frios, turvos ou tépidos." 
Que alegria, ó meu Deus, eu nasci gente, penso, sinto, amo e desamo, me magoo, perdoo e ainda me magoo, e novamente, perdoo. 
Hossanas ao Senhor  -  sou ainda capaz de fazer minhas escolhas.
Maria Izabel Viégas

Um comentário:

Jack Lins disse...

Bom dia Maria Izabel,
Gostei muito da sua reflexão, e e lembrei de uma professora que afirmava que "o homem é mau", e são as leis que o impede de agir assim. Eu discordo dessa afirmação, pois acredito que por mais que "o homem seja mau", Deus nos deu o livre arbítrio e graças a ele temos a opção de fazermos nossas escolhas. E julgar o nosso próximo é uma escolha, uma escolha que podemos e devemos evitar. Afinal, é muito fácil julgar mas ninguém quer ser julgado. Então não façamos ao próximo o que não queremos que façam conosco. Esse tem sido o meu lema, tem sido uma escolha, difícil, é claro, nada na vida é fácil, mas a partir do momento que entregamos nossa vida nas mãos do Senhor, tudo torna-se possível.
Grande beijo e um ótimo final de semana.

O Renasço Ocaso começou aqui: Quer ler? Vou gostar!

Sou por acaso o ocaso

Se sou ocaso Serei o fim Do sonho de estar  em vida? Ou serei Um sonho de transformar-me No sono daquilo que Se agiganta E me...